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HISTÓRIA

Estamos nos anos 70, nessa altura o prior da igreja Paroquial N.Senhora da Ajuda, era o saudoso Padre José Bernardo.

O Padre Zé (como era conhecido por todos) era uma pessoa muito dinâmica, onde além das muitas obras que realizou na igreja, tinha um sonho, fundar um Agrupamento de escuteiros na paróquia, dando assim oportunidade aos muitos jovens que frequentavam a igreja de terem uma vivência escutista.

Contudo não bastava querer, para que isso fosse possível era necessário ter pessoas com experiência e disponibilidade para dar corpo a este sonho.

Atrevemo-nos, então, dizer que Deus deu uma pequena ajuda para que o Padre Zé conseguisse realizar o seu sonho.

Nesse período, chega à paróquia o Padre Chico, que era escuteiro (desde Lobito). Foi aí que, pela primeira vez, o Padre Zé via a possibilidade de arrancar com o seu sonho, e falou com o Padre Chico para que ele arrancasse com esse projeto.

Contudo o Padre Chico sentia que para avançar com um projeto desta natureza, necessitava de mais ajuda.

E assim o projeto ficava adiado mais uma vez, mas não por muito tempo, pois Deus encarregou-se de dar mais uma ajuda.

espaço temporal
 

Vindo de Angola após a descolonização, em 1975, veio o Chefe Hugo Teixeira e a sua família, que foram morar, depois de algumas peripécias, para a Rua dos Quartéis nº 68/A, na Ajuda.

Depois de instalados onde foi possível, passaram a frequentar a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, aos Domingos a Santa Missa e a outros eventos religiosos, quando era possível.

Numa certa noite, houve um encontro no salão paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda sobre o Espírito Santo. Nesse encontro o Padre Zé, dirigiu-se a um dos grupos (onde estava inserido o Chefe Hugo Teixeira), e perguntou-lhes quem eram e donde tinham vindo.

Em resposta a essa pergunta, o Chefe Hugo Teixeira diz-lhe que eram de Angola, e que agora, seus paroquianos, viviam na Rua dos Quartéis.

Perguntou-lhe ainda se, em Angola, estavam ligados a algum grupo ou movimento de Igreja, ao que o Chefe Hugo respondeu ter sido o fundador de um Agrupamento de escuteiros do C.N.E. em Angola.

Levantando as mãos, o Pe. Zé diz que a sua presença era uma obra do ESPÍRITO SANTO, pois havia muito tempo que desejava que a paróquia tivesse um grupo de escuteiros.

O seu sonho começava a tomar forma, e no Domingo seguinte, na Missa das 11H00, na homilia, sem que alguém estivesse à espera, chamou ao altar o chefe Hugo Teixeira, apresentando-o à comunidade como o futuro chefe dos escuteiros da Ajuda, e informando que no fim da Missa, quem quisesse, poderia inscrever-se.

Finda a Missa muitos foram os "candidatos" que quiseram fazer a sua inscrição.

Entre os primeiros estava o Pedro Nobre, a Mena Nobre, O Penteado, O Chico Mesquita, o Zé Cameira, os irmãos Costa Lopes, a Laura, o Rui Óscar e o Cláudio (estes já escuteiros desde Angola), e muitos mais foram vindo, nas semanas seguintes.

Dando suporte ao projeto, o Pe. Chico fica como assistente do AGR, situação que se mantém até aos dias de hoje.

Mais tarde o Chefe Hugo comunica ao Pe. Zé que precisa de uma sede. Indicando-lhe este, como sede (numa primeira fase), as salas de catequese, tendo mais tarde a sede do agrupamento passado para a Rua do Guarda-Jóias, e alguns anos depois muda-se para a actual morada, junto à Igreja.

1975

A 16 outubro de 1976 o Agrupamento 485-Ajuda nasce, porém só é filiado no ano seguinte.

Desde então, largas centenas de jovens passaram pelo Agrupamento 485-Ajuda que, de uma forma ou outra, se tornaram melhores homens e mulheres.

Houve inclusive um período da vida do agrupamento, em que este se tornou o maior agrupamento da Região de Lisboa, tendo no seu efectivo quase 300 elementos.

Contudo, para que isto fosse possível, foi necessário a ajuda dos muitos dirigentes que passaram por aqui, e que sem eles este projecto não seria possível de acontecer.

 

Ser animador de jovens implica uma entrega a um trabalho voluntário muitas vezes correspondente a um trabalho a tempo inteiro sem remuneração. Implica também estar disposto a procurar ser exemplo para futuros cidadãos deste País, deste Mundo.

Mantendo os valores de ontem presentes na vida de hoje, adaptando-os a uma nova realidade de vida, e tornando a vida dos jovens que nos são confiados, num misto de vida citadina e vida campestre.

Para coordenar as várias equipas de animação que passaram pela Direção do AGR ao longo dos anos, esteve a figura do chefe do AGR.

Primeiro, na pessoa do chefe Hugo Teixeira, depois Chefe Pereira Goncalves, Chefe Zé Tó, Chefe Francisco Mesquita e, por último, o Chefe Vitor Carvalho.

Ainda hoje, já na “Velha Guarda”, grande parte, a ele continuam unidos. Outros e bons, são dirigentes eficientes, que continuam a manter viva a chama de B.P.

Os anos foram passando, no entanto a preocupação de manter o AGR integrado na comunidade paroquial a que pertence continua a mesma, seja através da integração nos diferentes grupos de catequese das nossas crianças e jovens, seja através da participação dos momentos fortes da comunidade e em todas as comemorações para as quais é solicitado.

Hoje, como no passado, o Agrupamento encontra-se fortemente empenhado em aplicar um Escutismo de qualidade, e estar preparado para responder a todas as solicitações dos jovens, ajudando-os a crescer.

1976

1977

A 16 outubro de 1977 o Agrupamento 485-Ajuda é filiado, fazendo oficialmente parte do CNE.
Aqui podes encontrar o registo oficial na Flor de Liz.

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